sexta-feira, 26 de abril de 2013


"Running Late" by Denilce Luca

 "Infelizes para Sempre" by Denilce Luca
(O texto exprime uma idéia um tanto machista. Considerando que nada pode ser mais machista que a condição que muitas mulheres ainda se impõe, resolvi publicá-lo. Uma visão despretensiosa sobre uniões 'mal acabadas')

A natureza dotou a Mulher de formas tentadoramente lindas, cheiros deliciosos, talento provocador. Toque macio e suave, cabelos, olhos e boca deliciosos. Bundas e pernas, o calor da vagina, lábios macios, pele gostosa...

O Homem, por sua vez ganhou o inegável instinto poligâmico, herdado genética e culturalmente, tornando-se presa fácil aos encantos de uma fêmea gostosa.

Exigir do Homem exclusividade sexual é um tanto difícil e parece-me uma meta irreal considerando sua herança, exigir do homem que apague em si a chama que o excita é pedir que viva encarcerado.

Porém, ao amar um Homem, a Mulher não admite dividi-lo com outra fêmea. Traição. A Mulher então controla, proíbe, ameaça, oprime. Dá-lhe filhos. Deforma seu corpo. Nesse momento a natureza, nada benevolente, a castiga tirando-lhe o poder de sedução a fim de dar-lhe subsídios para cuidar da cria. O Homem ainda deseja. Outras. Tudo então sai do controle. Instala-se o caos. A Mulher precisa manter a relação. Luta e utiliza suas armas opressoras a nível máximo.

Se em toda relação o desejável é que os envolvidos tentem ao máximo preservar o outro como um ser, como outro indivíduo, desejar uma mudança comportamental fugiria claramente do intuito de respeitar o outro. Minimamente é possível controlar alguns comportamentos até o ponto em que o outro, cansado, volta a agir como deseja e habilmente passar a agir de forma a omitir seus atos, desde os menores até os que genuinamente configuram a traição. Impossível controlar sentimentos, pensamentos e vontades.

A opressão é um veneno. Veneno poderoso, capaz de minar QUALQUER relação humana. O oprimido não ama, não exprime em seus atos seus reais desejos. Apenas age de acordo com o que lhe é exigido a fim de sobreviver.

Infelizmente hoje ainda a sociedade, em termos de relacionamento, impõe ao Homem um ideal de vida patético. Um engodo. O modelo familiar perfeito o destrói, aprisiona e tortura veementemente. O Homem elege como sua a fêmea que mais deseja. Linda, gostosa. Capaz de satisfazer seus desejos e manter a chama deliciosa do tesão, do prazer máximo. Engodo.  Fato mais que comum, documentado em fotos de família: a belíssima fêmea, "vestida de branco", sensual, gostosa, cheirosa, torna-se em alguns anos um ser altamente irritável e irritante, lidando com sobrepeso justificado pela total entrega a uma ou mais gravidezes. Desempenhando o papel materno a Mulher passa a padecer no Paraíso. O Homem já está no Inferno faz tempo. Ou desejaria estar.


Há sinais de mudança. Felizmente. A Mulher começa a se libertar de padrões que a ‘obrigam’ a casar e ter filhos. E caso opte por fazê-lo, desafia outros tantos antes impostos, desempenhando um papel muito diferente de suas ancestrais. Sem a busca frenética do ideal do ‘casar de branco’ a Mulher tira do  do Homem um grande fardo. Ele pode ter a seu lado uma Mulher tranquila e completa, não um ser dilacerado e ‘esvaziado’ em suas próprias vontades, metas e desejos.  

O maior trunfo feminino é sua inteligência deveras silenciosa e sagaz, capaz de facilmente subjugar o mais inteligente dos homens.  Tal domínio passa inúmeras vezes despercebido, já tendo sido expresso algumas vezes por ditos populares até. Repito, essa liberação feminina de tais padrões alivia a carga imposta ao Homem.

A Mulher inteligente hoje não precisa ligar-se a um Homem para viver de forma plena. E, ao escolher unir-se ao Homem, sabe fugir da tentação da opressão. Aguça seus próprios elementos de sedução a fim de – só assim – legitimamente fidelizar seu Homem, seu macho.

Contrariando o exposto, Homem pode ser fiel sim. Até quando ELE desejar. Até quando o encanto da fêmea única seja capaz de seduzi-lo. Até quando aquela Mulher seja tudo e o respeite de forma completa.

Finalmente temos uma relação completa. Dois seres completos. Que se respeitam, amam, desejam e; enquanto esse amor e desejo forem reais, a chance de ambos buscarem fora desse relacionamento algo que os satisfaça é demasiado pequena. 

segunda-feira, 22 de abril de 2013